Meu Lugar Vê o Mundo reúne 150 imagens produzidas por jovens da Ilha de Maré

Foto produzida por Maiara Anjos, de Paripe
Reprodução

 

Será realizada nos dias 10 e 11 de maio, em ilha de Maré a abertura da exposição fotográfica Meu lugar vê o mundo. A mostra reúne 150 imagens produzidas por jovens moradores da ilha, do subúrbio ferroviário e de Candeias. A abertura, dia 10 (sexta-feira), inicia-se às 14h, na Praça da comunidade de Porto Cavalo. No dia 11 (sábado), às 9h, será na Associação de moradores, na comunidade de Botelho, ambas em ilha de Maré. As fotos estarão expostas entre 11 de maio e 10 de julho, a céu aberto.  As imagens foram impressas em formato banners com tamanhos variados entre 30X45, 50X70 e também em 1.0 x 1.20m, dando visibilidade ao trabalho realizado pelos participantes do projeto Meu lugar vê o mundo. No campo figurativo, as imagens retratam paisagem, produtos típicos da região, cotidiano e denúncia sobre a degradação ambiental na Ilha de Maré.

Este Projeto, coordenado por Gal Meirelles (UEFS) e Núbia Moura (IFBA), capacitou em fotografia digital jovens da BTS, com idade entre 15 e 24 anos. Ao longo de 2012, eles participaram de oficinas ministradas pelos fotógrafos Gal Meirelles, Paulo Lima e Péricles Mendes Ao todo, 146 jovens concluíram o curso, que teve uma média de 270 inscrições. Os habilitados são das comunidades Botelho, Neves, Itamoabo, Santana, Praia Grande, Porto Cavalo, Paripe e também de Candeias e Caboto.

Durante as atividades, receberam a visita de renomados fotógrafos, a exemplo da húngara India Roper-Evans, do especialista em imagens aéreas, Nilton Souza, de Franzé Souto, professor e pesquisador da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), de Antonio Mari, que trabalhou em jornais diários nos Estados Unidos. Além de Armando Correa Ribeiro, galerista e fotógrafo baiano e ainda de Patrícia Carmo, coordenadora do projeto “O olhar de....”

As oficinas contaram com 40 horas de aulas teóricas e praticas que foram realizadas nas associações de moradores de diferentes comunidades e em escolas públicas da região. O Curso básico de fotografia digital abordou o processo de reconstrução da memória individual através do registro de familiares pelos participantes das oficinas. No segundo momento, focou o registro de práticas culturais que revelam o cotidiano da ilha e adjacências, envolvendo, por meio da composição visual, os habitantes das localidades na constituição das próprias memórias. Destas atividades, resultou um acervo de aproximadamente 20.000 imagens que abordam os mais variados temas e será organizado para fomentar renda aos participantes.

A exposição integra as atividades do projeto Meu lugar vê o mundo que conta com patrocínio da Petrobras, apoio institucional do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba), Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e realização da Baluart Produtora. O projeto conta ainda com um blog onde as imagens podem ser apreciadas e adquiridas com vistas a reverter o valor para fomentar a renda dos participantes e seus familiares.

Como chegar a Ilha de Maré – Para chegar até a Ilha de Maré é necessário ir de carro ou ônibus (nos Terminais da Lapa, Campo Grande, França e Calçada) pela Av. Suburbana até o Terminal Marítimo de São Tomé de Paripe, de onde partem barcos diariamente de 20 em 20 minutos: até as praias de Itamoabo, Botelho, Praia Grande e Santana. Até São Tomé de Paripe são 50 km. Se estiver de barco/escuna/veleiro partindo de Salvador são aproximadamente 30 minutos. A ilha possui opção de almoço nas barracas da praia de desembarque. Visitem a ilha e apreciem as imagens nas comunidades de Botelho, Neves, Itamoabo, Santana, Praia Grande e Porto Cavalo.